Luís Narvion, COO da ABCR, explora os desafios e oportunidades da IA na era digital atual, marcados pelo avanço da inteligência artificial e pelo aumento das ameaças cibernéticas.
Luís compartilha insights sobre como as empresas podem equilibrar inovação e regulação, abordando questões como o Dilema de Collingridge, o impacto do AI Act da União Europeia e a Estratégia Nacional de IA e Cibersegurança de Portugal.
Com exemplos práticos e uma visão inspiradora, esta conversa revela como a ABCR está a transformar desafios tecnológicos em oportunidades estratégicas, ajudando organizações a prosperar num mundo cada vez mais conectado e competitivo.
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O que é o Dilema de Collingridgee como se aplica à gestão de riscos nas empresas?
Luís Narvion: O Dilema de Collingridge reflete a dificuldade de controlar novas tecnologias em dois momentos distintos: quando estão em fase inicial, com pouca informação disponível sobre os seus impactos, e quando estão amplamente implementadas, tornando-se difíceis de modificar.
Este dilema é particularmente relevante para empresas que precisam equilibrar a adoção de inovação com a mitigação de riscos associados. A ABCR oferece soluções que ajudam as organizações a navegar nesse dilema, como a implementação da arquitetura Zero Trust, uma abordagem proativa que previne ameaças antes que se tornem críticas. Esta estratégia é especialmente útil em contextos onde as tecnologias precisam de adaptações rápidas sem comprometer a segurança
- Como ajuda a ABCR as empresas a lidar com os riscos cibernéticos num ambiente de inovação acelerada?
Luís Narvion: No contexto de cibersegurança, a ABCR tem desempenhado um papel essencial ao ajudar empresas a lidar com a crescente complexidade das ameaças digitais. Soluções como auditorias de sistemas, testes de penetração e monitoramento contínuo da web são fundamentais para identificar vulnerabilidades e proteger ativos digitais.
A arquitetura Zero Trust, por exemplo, é projetada para segmentar redes e implementar autenticação multifator (MFA), garantindo que apenas acessos autorizados sejam permitidos.
Em instituições financeiras, essa abordagem tem sido eficaz para evitar movimentações não autorizadas e para detetar rapidamente comportamentos suspeitos, reduzindo significativamente potenciais prejuízos financeiros
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Que exemplos práticos demonstram a eficácia da abordagem da ABCR?
Luís Narvion: A eficácia das soluções da ABCR pode ser ilustrada por diversos exemplos práticos. Uma multinacional que enfrentava constantes tentativas de phishing conseguiu fortalecer a sua proteção ao implementar formações contínuas para os funcionários, combinadas com sistemas avançados de filtragem de e-mails.
Além disso, com a chegada do Cyber Resilience Act, empresas portuguesas passaram a rever protocolos de segurança com o apoio da ABCR, que fornece ferramentas de compliance e auditorias detalhadas. Este apoio não só permite o cumprimento das regulamentações europeias como melhora a competitividade ao reforçar a confiança dos clientes nos serviços digitais.
- Como influencia o Dilema de Collingridgea formulação de políticas regulatórias no setor público?
Luís Narvion: O dilema entre inovação e regulação é uma questão central para instituições públicas. O setor público em Portugal tem enfrentado o desafio de equilibrar a adoção de inteligência artificial (IA) com a proteção de direitos fundamentais e a privacidade dos cidadãos.
Para lidar com essa questão, a ABCR tem promovido soluções de compliance adaptadas a regulamentações como o AI Act e o RGPD, que protegem dados sensíveis e garantem que as tecnologias sejam utilizadas de forma ética e eficiente.
Além disso, o foco na criação de sandboxes regulatórios permite que startups e organizações públicas experimentem novos sistemas em ambientes controlados antes de os implementarem em larga escala
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Quais são as recomendações da ABCR para empresas que procuram equilíbrio entre inovação e segurança?
Luís Narvion: A adoção de medidas de cibersegurança robustas tornou-se essencial em 2024, especialmente com o aumento de ameaças como ransomware e phishing.
Soluções como a arquitetura Zero Trust são cruciais para proteger infraestruturas críticas. Além disso, a formação contínua de funcionários, capacitando-os a identificar ataques cibernéticos, combinada com monitoramento em tempo real por sistemas de inteligência artificial, garante uma abordagem eficaz para prevenir e mitigar violações de segurança.
As empresas que investem em segurança não só reduzem custos associados a ciberataques, como também aumentam sua eficiência operacional.
- Como está o AI Actda União Europeia a impactar as empresas em Portugal?
Luís Narvion: O AI Act da União Europeia está a transformar a maneira como as empresas em Portugal abordam a inteligência artificial. Esta legislação, a primeira do género na UE, estabelece um quadro regulatório para a IA, classificando os sistemas com base em níveis de risco.
Para empresas portuguesas, isso significa adaptar processos e tecnologias às novas exigências, especialmente em setores onde a IA é classificada como de alto risco, como saúde e finanças. Por exemplo, uma empresa que utiliza IA em triagem de currículos deve garantir que os seus algoritmos não perpetuem vieses discriminatórios.
Para facilitar esta transição, a ABCR oferece auditorias e soluções de compliance que ajudam as empresas a alinhar-se às normas do AI Act, assegurando transparência, supervisão humana e proteção de dados.
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Qual é a relevância da Estratégia Nacional de IA e Cibersegurança de Portugal para 2024?
Luís Narvion: A Estratégia Nacional de IA e Cibersegurança de Portugal para 2024 reflete uma abordagem integrada para fomentar a inovação tecnológica com segurança.
O plano prioriza a utilização de IA em setores-chave, como educação, saúde e serviços públicos, enquanto reforça a proteção contra ameaças cibernéticas. Instituições públicas, por exemplo, são incentivadas a utilizar IA em análises preditivas, enquanto implementam soluções robustas de cibersegurança, como a arquitetura Zero Trust.
Esta estratégia, alinhada com o Cyber Resilience Act da UE, fortalece a resiliência digital de infraestruturas críticas, posicionando Portugal como um líder em transformação digital
- Quais são os maiores desafios para empresas ao implementar IA conforme o AI Act?
Luís Narvion: A implementação do AI Act traz desafios significativos para empresas portuguesas. A conformidade técnica é um deles, pois requer que os sistemas de IA sejam auditáveis e explicáveis.
Além disso, adaptar-se às regulamentações pode implicar custos elevados, especialmente para pequenas empresas. Outro ponto crítico é a proteção de dados, que exige total integração com o RGPD.
Neste contexto, a ABCR desempenha um papel crucial ao oferecer sistemas de gestão de risco e auditorias que facilitam a adoção de IA de forma ética e segura, ajudando as empresas a enfrentar esses desafios de maneira eficaz.
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Como aborda a Estratégia Nacional de IA o dilema entre inovação e regulação?
Luís Narvion: A Estratégia Nacional de IA 2024 aborda de forma equilibrada o dilema entre inovação e regulação.
Para incentivar a experimentação responsável, o governo português promove ambientes controlados. Nomeadamente, os chamados sandboxes, onde startups e organizações podem testar novos sistemas de IA antes da sua implementação em larga escala.
Ao mesmo tempo, regulamentos progressivos garantem que a privacidade e os direitos humanos sejam respeitados. Desta forma, criando um ecossistema onde a inovação pode prosperar sem comprometer valores fundamentais
- Que medidas de cibersegurança são essenciais para empresas em 2025?
Luís Narvion: Com o aumento das ameaças cibernéticas durante o ano presente, medidas de segurança robustas tornaram-se essenciais para empresas e organizações públicas enfrentarem os desafios crescentes ao longo do próximo ano.
A arquitetura Zero Trust, por exemplo, baseia-se no princípio de “nunca confiar, sempre verificar”, protegendo infraestruturas críticas contra ataques como ransomware e phishing.
Além disso, o investimento em formação contínua para capacitar os funcionários a identificar ataques cibernéticos, combinado com o uso de IA para monitorização em tempo real, permite prevenir e mitigar violações de segurança de maneira eficaz
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Qual é o papel das parcerias no fortalecimento da IA e cibersegurança?
Luís Narvion: Trabalhar com especialistas é fundamental para integrar sistemas de maneira eficiente e alinhada às regulamentações. Além disso, o foco em práticas alinhadas com objetivos ambientais, sociais e de governança (ESG) agrega valor estratégico às empresas.
Bancos, por exemplo, que utilizam IA para análise de crédito e deteção de fraudes, não só aumentam a eficiência operacional como também fortalecem a confiança dos clientes, criando uma base sólida para crescimento sustentável.
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Para concluir, qual é a sua visão para o futuro neste contexto?
Luís Narvion: A cibersegurança não é apenas uma necessidade operacional, mas um diferencial competitivo. As empresas que abraçam a inovação com responsabilidade irão destacar-se nos mercados globais.
Neste cenário de transformação digital acelerada, a cibersegurança e a inteligência artificial não são apenas ferramentas operacionais, mas pilares estratégicos para empresas e instituições públicas. A proteção digital robusta, aliada à utilização ética e eficiente da IA, oferece uma oportunidade única de liderar no mercado global, criando relações de confiança com clientes e parceiros.
A ABCR posiciona-se como parceira essencial nesse percurso, oferecendo soluções adaptadas às exigências atuais e futuras. Desde a implementação da arquitetura Zero Trust até ao cumprimento do AI Act da União Europeia, a ABCR combina experiência técnica com uma abordagem ética, garantindo que a inovação ande de mãos dadas com a segurança. Ao trabalhar com a ABCR, as organizações podem transformar desafios complexos em oportunidades estratégicas, impulsionando eficiência operacional e competitividade.
Para aquelas empresas que desejam não apenas proteger os seus ativos digitais, mas também se destacar como líderes na nova era digital, a ABCR é o parceiro ideal.
“O futuro pertence àqueles que conseguem unir inovação e resiliência. Estamos aqui para ajudar a construir esse futuro.”
Estamos aqui para ajudar organizações a enfrentar os desafios de um mundo cada vez mais digital, trazendo estratégias que unem proteção robusta a uma visão ética e sustentável. Juntos, podemos criar um futuro onde a inovação seja acessível e segura para todos.
Se quiser explorar mais ou discutir como essas ideias se aplicam ao seu contexto, entre em contato connosco. Este é o momento de transformar possibilidades em realidades.
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